Tirar a população da situação de
extrema pobreza e proteger o meio ambiente. É isso que o Governo Federal
vai fazer com a criação do Programa de Apoio à Conservação Ambiental (Bolsa
Verde), iniciativa que vai pagar R$ 300, a cada trimestre, pelos serviços de
proteção do meio ambiente. A meta é atender mais de 76 mil famílias, em 2014.
O Bolsa Verde faz parte do Plano Brasil Sem
Miséria, lançado nesta quinta-feira (02/06), pela presidenta Dilma Rousseff, em
Brasília. Com a meta de retirar 16,2 milhões de brasileiros da situação de
extrema pobreza, com transferência de renda, acesso a serviços públicos, nas
áreas de educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica e
inclusão produtiva.
Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, o
Bolsa Verde é o incentivo à conservação dos ecossistemas brasileiros. Além
disso, o programa promove a cidadania de quem vive na floresta e melhora a
condição de vida dessas famílias que vivem em situação de extrema
pobreza. O valor será transferido por meio do cartão do Bolsa Família.
Atividades sustentáveis
De acordo com o secretário de Extrativismo e
Desenvolvimento Rural Sustentável, Roberto Vizentin do MMA, o Bolsa Verde
pretende conciliar a manutenção da floresta em pé com a renda das famílias que
protegem o meio ambiente.
“Essa população depende mais da manutenção dos
recursos naturais para as necessidades básicas e prover renda. A atividade
ilegal resolve temporariamente mas depois acaba e essas pessoas não terão de
onde tirar renda. Por isso, é preciso evitar que se acabe com o bem natural”,
explicou.
Proteção de Áreas de Preservação Permanente,
extrativismo com base em boas práticas e pesca com manejo adequado são algumas
das atividades de preservação ambiental que serão contempladas pelo Bolsa
Verde. O Governo Federal vai definir ainda este mês os serviços ambientais que
receberão pagamento do programa.
“O programa é um incentivo para a preservação. Isso
não impede de se fazer o roçado, plantar mandioca, milho, desde que seja
sustentável”, disse Vizentin.
As atividades de proteção ambiental podem ser
desenvolvidas em florestas nacionais, reservas extrativistas e de
desenvolvimento sustentável, além de projetos de assentamento florestal, de
desenvolvimento sustentável e de assentamentos extrativistas do Incra.
Para participar do Bolsa Verde, é preciso que o
responsável pela família beneficiada se cadastre no Programa de Apoio à
Conservação Ambiental, mantido pelo Ministério do Meio Ambiente. O Governo
Federal vai até as famílias para incluí-las nos programas de erradicação da
pobreza extrema.
O comitê do Bolsa Verde terá a participação de
membros das três esferas de governo, de movimentos sociais e extrativistas, com
a coordenação do MMA. Ainda neste mês, serão criados o cadastro da população
que se enquadra no programa e a regulamentação das atividades de proteção
ambiental.
Para Vizentin, as experiências do MMA mostram que a
participação de movimentos sociais é importante para que o Bolsa Verde chegue
ao público do programa.
Os serviços ambientais prestados pelas famílias que
vivem na floresta são inúmeros e atinge toda a população. A criação e
manutenção de unidades de conservação impediu a emissão de 2,8 bilhões de toneladas
de carbono, 9% da água captada de consumo humano são de Unidade de Conservação.
Com informações do MMA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário