O
Ibama flagrou nesta quinta-feira (02/06) uma exploração ilegal de
castanheiras-do-pará no entorno da Terra Indígena Parakanã, em Novo
Repartimento, no sudeste do estado. Próximo ao local, na rodovia
Transamazônica, os agentes ainda encontraram duas serrarias clandestinas
funcionando sem licença ambiental. Os fiscais já multaram um dos responsáveis
pelos crimes ambientais em R$ 386,3 mil, apreenderam 120 m3 de castanheira em
tora, 126 m³ da espécie já serrada, além de embargar e desmontar os
empreendimentos irregulares. O proprietário da segunda serraria ainda está
sendo procurado.
Os
agentes da Operação Parakanã, que estão na região desde o final de abril,
chegaram à extração ilegal pela manhã. Com apoio de helicóptero e equipes por
terra, surpreenderam os infratores ainda na floresta. Na área, que é terra da
União ocupada por posseiros, encontraram mais de 20 toras de árvores
centenárias já derrubadas.
A
castanheira-do-pará, cujo corte e comercialização são proibidos por lei, é
fundamental para a ecologia da floresta amazônica e a subsistência de
populações tradicionais da região. Os autuados também responderão a processos
criminais pelos danos provocados ao meio ambiente.
Embargo de 1,6 mil hectares
A
operação Parakanã combate o desmatamento ilegal da floresta amazônica em
Pacajá, Novo Repartimento, Portel, Anapu e Altamira, com apoio de homens do
Batalhão de Polícia Ambiental de Belém. Desde o início das ações, há 36 dias,
foram aplicados cerca de R$ 9 milhões em multas; apreendidos três tratores,
duas motosserras, uma arma; resgatada uma onça-pintada e embargadas 1,6 mil
hectares de áreas de florestas convertidas ilegalmente em pastagens.
Nelson Feitosa
Ascom - Ibama/PA
Fotos: Norberto Souza
- Ibama
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