A Missão Solar Nacional Jawaharlal Nehru lançada pelo primeiro-ministro
indiano, Manmohan Singh, no ano passado, posicionou a Índia "para se
tornar um líder global no crescimento das tecnologias de energia solar
concentrada (CSP) ", segundo um novo relatório.
Contudo afirma que a missão deverá ser "implementada de forma
pragmática" e deverá ter a iniciação de novas medidas "destinadas a
ajudar as empresas indianas através de incentivos fiscais, empréstimos
ou de um fundo de capital rotativo".
O relatório, encomendado pelo governo australiano, analisa o contexto,
as barreiras e as opções políticas para o crescimento da indústria CSP
na Índia.
Em oposição à tecnologia fotovoltaica (PV), a CSP usa sistemas de
concentradores espelhados para focar a radiação solar direta para os
receptores que convertem a energia térmica em energia mecânica através
de uma turbina a vapor e, em seguida, em eletricidade.
A missão solar da Índia foi lançada em janeiro de 2010 e tem uma meta,
ambiciosa, de atingir 20 GWe de energia solar até 2022. Na primeira
fase, 1 GW de energia conectada à rede solar é prevista para 2013, com
uma divisão aproximada entre 50:50 CSP e tecnologias PV.
"CSP tem vantagens em relação à energia fotovoltaica, pois ela pode
facilmente incorporar o armazenamento de energia térmica e/ou
combustível fóssil impulsionando para fornecer energia despacháveis",
diz o relatório.
Afirma também que "O uso de métodos relativamente de 'baixa tecnologia’
de fabricação para os campos de coleta solar, juntamente com o uso de
tecnologias de turbinas a vapor adaptada da indústria de geração
térmica, faz com que a perspectiva da ampliação da capacidade de CSP
seja muito viável".
O relatório descreve a missão solar como "uma medida política
inspiradora e visionária” e afirma que “existem terras adequadas mais
que suficientes na Índia, com altos recursos de emissão solar direta
para atender toda a necessidade de eletricidade da nação, a princípio.”
É descrito também que as regiões com os maiores recursos solares são em
grande parte Rajasthan e Gujarat, além de Jammu e Caxemira. "A natureza
de alto custo da tecnologia CSP significa que o melhor é construir
sistemas nos locais de maior recurso solar, mesmo que eles estejam longe
da infra-estrutura existente e dos centros de carga e que algumas
perdas de transmissão extra aconteçam."
O relatório observa que algumas das barreiras possíveis para a CSP na Índia são o alto custo atual da eletricidade produzida.
"Para CSP conseguir uma penetração significativa em um dado mercado,
milhões de metros quadrados de sistemas de concentrador solar de vários
tipos, juntamente com toda a instalação de suporte e infra-estrutura
terão de ser fabricados. Instalações e recursos humanos qualificados
para fazer isso são necessários", diz o relatório.
Para acelerar o processo de transferência de tecnologia necessária, o
relatório recomenda que sejam tomadas medidas políticas que facilite o
investimento de capital indiano em empresas CSP existentes no mundo. Os
melhores locais na Índia para a localização de usinas CSP estão no
noroeste do país.
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