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By Ferramentas Blog

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Carro elétrico feito em Itaipu conclui viagem pelas Américas

 O trajeto percorrido pela equipe começou em Los Angeles, nos Estados Unidos, e terminou em Foz do Iguaçu. Foram mais de 20 mil quilômetros rodados pelo carro elétrico. | Imagem: Jeanne Look

O automóvel elétrico produzido da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, passou nos testes de resistência, após viajar por 15 países e suportar as mais diversas condições climáticas. A viagem teve início no dia nove de abril e terminou na última quarta-feira (17).


O protótipo é uma adaptação do Palio Weekend, modelo tradicional da montadora italiana Fiat e por ser elétrico, não emite poluentes e seu motor é totalmente silencioso.


O trajeto percorrido pela equipe começou em Los Angeles, nos Estados Unidos, e passou por diversos países das Américas, com: México, Guatemala, Nicarágua, Costa Rica, Honduras, Equador, Panamá, Chile, Colômbia, Paraguai e Argentina.  A viagem termina no local onde ele foi planejado, o Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Montagem de Veículos Movidos a Eletricidade da Usina de Itaipu, após rodar mais de 20 mil quilômetros.


O jornalista Paulo Rollo acompanhou a experiência com o carro elétrico explicou que a maior dificuldade da equipe foi em encontrar tomadas para recarregar a bateria. Em algumas ocasiões tiveram que usar casas e até padarias. No mais, o automóvel se comportou bem e não demonstrou problemas mecânicos durante os 128 dias de aventura, mesmo tendo passado por territórios com neve, cascalho ou barro.


Os engenheiros de Itaipu têm como objetivo baratear o modelo, já que no Brasil a tecnologia chega a custar até seis vezes mais que os carros tradicionais, com motores a combustão ou flex. A bateria é o principal alvo para a redução de preços e possível competitividade dos elétricos em território nacional. Com informações do G1 e do ClickFoz.

Redação CicloVivo




Fundo Clima divulga projetos aprovados até dia 30
 
A pauta da próxima reunião do Comitê Gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, no próximo dia 30, será sobre a aprovação dos projetos que concorrem a cerca de R$ 34 milhões disponibilizados pelo Ministério do Meio Ambiente. A tramitação de documentos necessários para firmar convênios com os vencedores começará em setembro.


São 122 projetos que concorrem a linhas de financiamento não reembolsáveis. "A maior parte se refere a combate à desertificação e adaptação às mudanças climáticas", conta o gerente do Fundo Clima, Marcos Del Prette. Antes de chegarem ao Comitê Gestor, os projetos passarão por avaliação prévia de técnicos do MMA. 

Fonte: InforMMA




 MMA promove acesso à água para enfrentar mudanças do clima
 
O primeiro banho de um bebê é um ritual sagrado. Especialmente para as 108 famílias que moram na comunidade de Calumbi, no município de Tauá, no Ceará. Lá, ter o corpo lavado com água cristalina é privilégio exclusivo das crianças recém-chegadas ao mundo. Os poços da pequena localidade do semiárido são salobros, e a água pura é usada somente para preparar alimentos e escovar os dentes.


Calumbi é um dos 150 povoados atendidos pelo Programa Água Doce, do Ministério do Meio Ambiente, que oferece cidadania e acesso à água potável - por processo de dessalinização - às populações rurais mais pobres das regiões mais secas do País. Incluída no Plano Brasil Sem Miséria, do Governo Federal, a experiência do MMA será ampliada para 1,2 mil comunidades nos próximos oito anos.


Os novos beneficiados do Programa Água Doce estão sendo selecionados de acordo com um Índice de Condição de Acesso à Água no Semiárido (ICAA), que aponta as regiões onde estão as famílias que passam por situações mais críticas. Esse índice resulta de cruzamento de informações sobre pobreza e acesso aos recursos hídricos.


Para atendimento às atuais 150 comunidades do semiárido, o MMA tem a parceria de aproximadamente 190 instituições federais, estaduais, municipais e da sociedade civil. O semiárido está localizado em dez estados - Alagoas, Ceará, Piauí, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.


O Programa Água Doce visa a uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para o consumo humano, com a dessalinização de fontes salobras, de modo ambiental e socialmente sustentável. A dessalinização é importante, pois evita que as pessoas consumam sal em excesso, o que causa problemas como pressão alta e doenças dos rins.


O sistema é composto por um poço tubular profundo, bomba de sucção, reservatório para a água bruta captada, um abrigo de alvenaria que protege o equipamento de dessalinização, um chafariz por onde sai a água potável e um reservatório para água limpa. A água bruta é levada para tanques de contenção onde o sal fica depositado, evitando que contamine o meio ambiente.


Clima mais quente - "O semiárido sofre com a falta de chuva. E o aquecimento global tende a piorar ainda mais a situação. Vários cenários apontam para aumento de temperatura e redução das chuvas nessa região. A solução de dessalinização coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente é reconhecidamente uma alternativa pioneira para adaptação a essas alterações", afirma o secretário de Mudanças Climáticas do MMA, Eduardo Assad.


O secretário comenta que a inclusão no Plano Brasil sem Miséria é uma comprovação da eficácia do programa. O Água Doce merece destaque desde a sua criação, em 2005. Em 2009, foi citado pelo Tribunal de Contas da União na publicação "Segurança Hídrica no Semiárido". O livro faz parte da série de auditorias de natureza operacional sobre políticas públicas e mudanças climáticas.




"O TCU recomendou que o programa do Ministério do Meio Ambiente fosse ampliado como ação de governo para a garantia à população do semiárido aos meios de enfrentar as consequências que já são sentidas com as mudanças do clima", enfatiza Eduardo Assad.


"Além da melhoria das condições de saúde e da adaptação às mudaças climáticas, outras ações estão em andamento, como a busca de técnicas que permitam aumento de renda do agricultor e incentivo à revegetação da Caatinga, que tem seus reflexos no incremento da produção de água", informa o secretário.


Um exemplo é a alternativa de produção de peixes nos tanques da água que passou pelo processo de dessalinização e que não serve para consumo humano. Alguns povoados já conseguem 2,4 toneladas de carne por ano. Associada a esses reservatórios, e irrigada com a mesma água em que se criam os peixes, é cultivada a espécie Atriplex, conhecida como erva-sal, e que tem esse nome justamente por suportar a presença de sal no solo. A produção chega a 12 toneladas por hectare e serve para a alimentação de caprinos e ovinos.


Mobilização popular - "Para que o sistema funcione, a gestão é feita pela própria comunidade", explica o diretor de Revitalização de Bacias do MMA, Renato Ferreira, coordenador nacional do Programa Água Doce. A população recebe orientações e é treinada.


O programa é desenvolvido por meio de acordo feito entre moradores. Em Calumbi, eles bateram o martelo no último mês de junho. Elegeram um operador para fazer serviços como ligar o equipamento, controlar a distribuição da água, trocar filtros, lavar tanques.


Os calumbienses decidiram sobre a composição de seu grupo gestor, horários permitidos para buscar água nos chafarizes, a quantidade a ser distribuída, inclusive para a escola local, e a sua destinação: "Beber, cozinhar, escovar os dentes e dar banho em recém-nascidos".


A prefeitura de Tauá será responsável pelo pagamento da energia elétrica gasta pelo equipamento dessalinizador e também por pagar o operador. O governo estadual tem o dever de fazer as instalações necessárias e prestar assistência técnica.


No acordo, está explícita também a obrigação do MMA de treinar operadores, orientar a comunidade na construção dos acordos de gestão e contribuir para as boas práticas de manejo dos recursos hídricos locais. Os moradores devem colaborar com R$ 0,25 a cada dia de acesso à água, e esse dinheiro serve para a solução de problemas imprevistos.


Nova fase - Essa experiência piloto agora será ampliada, com a inclusão do programa do MMA no Brasil sem Miséria. Estão previstos no orçamento da União R$ 160 milhões a serem aplicados, até 2019, no atendimento de aproximadamente um quinto dos moradores das áreas rurais do semiárido - um total de 2,5 milhões de pessoas.


Nos próximos dias, o MMA vai realizar encontros com representantes dos estados, quando serão definidas estratégias para a execução dessa segunda fase do programa. A troca de informações com gestores estaduais e municipais também é importante para a escolha das comunidades a serem atendidas, pois nesse contatos são complementadas as informações obtidas pelo levantamento do ICAA.


A estimativa é que sejam atendidas todas as comunidades do semiárido em que seja necessária a instalação do sistema de dessalinização, que é complementado com cisternas que servem de reservatório da água da chuva. Há locais, entretanto, em que outras alternativas são mais convenientes - como é o caso de áreas em que a águas subterrâneas são potáveis.


O analista ambiental Henrique Veiga, do MMA, explica que na região as chuvas são concentradas em quatro meses do ano, "com estiagens muito severas, de duração de oito meses". Ele comenta que no semiárido cerca de 40 a 45% das populações vivem em áreas rurais.


Novos beneficiados - Para acertar na escolha dos primeiros novos povoados a serem atendidos, o MMA instituiu o ICAA, que resulta do cruzamento de informações geográficas e socioeconômicas. São dados referentes ao Índice de Desenvolvimento Humano, mortalidade infantil, pluviometria e intensidade de pobreza.


"Queremos atender primeiro a quem mais precisa", explica Renato Ferreira, coordenador nacional do Programa Água Doce. Com a parceria de estados e municípios, são levantadas necessidades específicas de cada localidade, como, por exemplo, a qualidade da água do subsolo.


Renato Ferreira comenta que, além de garantir o acesso à água, a iniciativa é uma porta aberta para outras políticas públicas do Governo Federal. A necessidade das comunidades em estarem organizadas para participar do Água Doce facilita a acesso a linhas de crédito do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf), por exemplo.


Organizadas, as comunidades deslancham. A analista ambiental do MMA Solange Santos conta que a partir do trabalho desenvolvido pelo conjunto de instituições parceiras do Programa Água Doce, moradores do povoado de Caatinga Grande, município de São José do Siridó (RN), conseguiram um laboratório de informática. Eles são assentados da Reforma Agrária com produção baseada especialmente na agropecuária, e acabam de conquistar também uma casa de resfriamento de leite.

Fonte: InforMMA

Africanos buscam adaptação às mudanças climáticas

 Nações como Mali, Namíbia e Uganda investem em ações para mitigar e se adequar às alterações ambientais através da conscientização sobre importância do reflorestamento, da preservação, da adaptação agrícola e da eficiência energética

Em um mundo onde as mudanças climáticas estão cada vez mais presentes, parece óbvio que a adaptação e o combate às mudanças climáticas sejam atitudes essenciais a qualquer país, mas não é isso que vemos atualmente. Felizmente, a iniciativa de algumas nações africanas sugere que pelo menos alguns – geralmente os mais afetados pelas alterações ambientais – estão agindo para minimizar esse problema. Que essas ações possam servir de exemplo aos grandes causadores do fenômeno, que ainda têm muito trabalho pela frente.

Países como Mali, Namíbia e Uganda, que já sentem as consequências das mudanças climáticas em seus territórios, estão investindo em ações e mecanismos para se adequarem às mudanças climáticas e combatê-las, através da conscientização sobre questões como o reflorestamento e a preservação de ecossistemas, a adaptação agrícola com a criação de novas espécies, a economia de energia e a eficiência energética.

Em Mali, grande parte da cobertura florestal foi perdida nas últimas duas décadas, e segundo especialistas, isso ocorreu devido às mudanças climáticas. Esse processo alterou as condições ambientais e da vida de diversas espécies nativas que migravam para a região, afetando a agricultura, a pesca e o turismo no país.

“Uma constante escassez de chuva desde o final dos anos 1980 está secando as várias lagoas e reduzindo a zona de inundação onde ficam as florestas. Alguns pássaros migratórios europeus não vêm mais ao delta (do Rio Níger). As cegonhas brancas, por exemplo – que não acham mais árvores grandes nas quais fazem o ninho – passam o inverno na Espanha, em Marrocos ou na Mauritânia”, lamentou Mory Diallo, pesquisador da ONG Wetlands International.

Por isso, os malineses, com o apoio da ONG, decidiram replantar as florestas perdidas, visando recuperar a fauna e a flora locais. “Sete florestas antigas foram refeitas no interior do delta do Níger. E quatro delas são abrigos para animais aquáticos ameaçados, incluindo os hipopótamos, peixes-boi e alguns pássaros migratórios”, declarou Hassane Kaya, agente da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).

Com isso, além de restaurar parte da vida selvagem nativa, os malineses também beneficiam suas atividades econômicas e de subsistência. “Estamos ajudando os agricultores a recriar muitas florestas nesta região, onde as escassezes de chuvas estão afetando o sustento de milhões de agricultores que dependem das florestas inundadas”, explicou Mamby Fofana, especialista em mudanças climáticas da embaixada suíça em Bamako, capital de Mali.

O replantio já começou a gerar renda para os fazendeiros locais, além de fornecer emprego permanente para alguns deles. “Todos os anos eu ganho cerca de seis mil francos (cerca de US$ 10) por dia enchendo os potes”, afirmou Amadou Cissé, participante do projeto, se referindo à atividade de plantar mudas de árvores em recipientes.

As novas árvores também ajudarão a reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEEs) do país, capturando 100 mil toneladas de CO2 até 2012 e 500 mil toneladas até 2017. Com isso, o projeto pretende ser qualificado no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), para ganhar créditos de carbono por limitar suas emissões de GEEs e vendê-los a países que precisem atingir metas de redução de CO2 ou a investidores.

Na Namíbia, as mudanças climáticas vêm causando enchentes e secas cada vez mais severas, o que não deixa outra escolha aos habitantes a não ser se adaptarem à nova situação. De acordo com pesquisas, os impactos das alterações ambientais poderiam reduzir o PIB do país em até 6%, ou US$ 30 milhões, nos próximos 20 anos.

“A diminuição das chuvas e o aumento da evaporação podem levar à redução da água da superfície e do reabastecimento das águas subterrâneas. Do jeito que está, a Namíbia deve enfrentar uma escassez de água absoluta até 2020. Essa é uma situação na qual os namíbios precisarão de mais água do que o país pode fornecer”, disse Johnson Ndokosho, assessor técnico do Projeto de Adaptação da África (AAP) na Namíbia.

No entanto, Ndokosho enfatizou que “o governo da Namíbia está comprometido com o desenvolvimento de sua base de evidências para gerar ações para a adaptação e mitigação das mudanças climáticas e autorizou estudos sobre proteção climática para aprender mais sobre os efeitos das mudanças climáticas”.

Assim, um dos programas criados para se adequar à nova realidade foi o Projeto Aves Urbanas Nativas, desenvolvido pelo AAP. O projeto gerou uma nova raça de ave doméstica, a Galinha Boschveld, cruza de três raças de galinhas africanas (Venda, Matabele e Ovambo), que é mais resistente a condições climáticas mais severas.

“É a única raça artificial de galinha nativa na África. É uma raça sem problemas que pode sobreviver em condições rigorosas. Para que a Namíbia atinja a segurança alimentar em termos de aves domésticas, devemos usar raças de alta qualidade que possam se adaptar às diferentes condições climáticas da Namíbia”, afirmou Nelson Haulamba, fazendeiro que faz parte do projeto.

Além desse programa, a Namíbia também está aplicando um projeto de proteção às zonas úmidas e à vegetação que cresce perto de córregos e rios. “Zonas úmidas são como esponjas. Elas absorvem água, agem como amortecedores contra as tempestades e são fontes de água fresca”, esclareceu Ndokosho.
Já na Uganda, o governo está preparando uma campanha de educação sobre energia e clima, que consiste em um tour, que passará principalmente por escolas, que visa aumentar a conscientização da população ugandesa sobre a questão. Segundo Simon D’Ujanga, ministro da energia, em outras campanhas, seu ministério percebeu que muitas pessoas no país não sabiam sobre energia e sobre os efeitos das mudanças climáticas.

“O nível de conscientização em assuntos sobre energia está tão baixo que pouquíssimas pessoas entendem o significado do termo ‘energia’. A maioria delas pensa que ‘energia’ significa ‘eletricidade’. Essa situação demonstra a necessidade de desmistificar a energia e educar o público sobre seu significado na vida diária, por isso é necessário criar uma população com cultura de eficiência energética”.

A iniciativa pretende tornar os conceitos de energia e mudanças climáticas mais fáceis para as gerações mais jovens e promover o uso de práticas e tecnologias de eficiência energética para a conservação ambiental e de energia. “Acreditamos que as crianças são o futuro e é por isso que educá-las é muito importante. Queremos começar nos níveis de base, já que a falta de conscientização é um problema que precisa ser enfrentado desde a raiz”, ressaltou D’Ujanga.

*publicado originalmento no site CarbonoBrasil.

 


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