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By Ferramentas Blog

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Japão vai demitir três altos responsáveis do setor nuclear

O Governo japonês pretende demitir três altos responsáveis do setor da energia nuclear por causa da gestão que fizeram do acidente na central de Fukushima, foi hoje anunciado.

Segundo a estação de televisão japonesa NHK, o ministro da Economia, Comércio e Indústria, Banri Kaieda, fez o anúncio durante uma conferência de imprensa inesperada.

Os responsáveis de saída são Kazuo Matsunaga, o vice-ministro da Economia, Comércio e Indústria; Nobuaki Terasaka, director-geral da Agência de Segurança Industrial; e Tetsuhiro Hosono, director-geral da Agência de Recursos Naturais e Energia.

Kaieda disse que todo o ministério (designado Meti) – responsável pelo desenvolvimento e regulamentação da indústria nuclear - vai sofrer alterações, que já estavam a ser pensadas há um mês.

Desde que a 11 de Março o tsunami causado por um sismo de magnitude 9 na escala de Richter danificou a central nuclear de Fukushima, o Meti tem estado no centro das críticas, sendo acusado de tentar manipular a opinião pública e de adiar demais a divulgação de informações, mas também de não conseguir resolver problemas de abastecimento energético, lembra hoje a agência de notícias Kyodo.

O próprio primeiro-ministro Naoto Kan apontou o dedo às ligações estreitas entre aquele ministério e o sector da indústria energética, que oferece cargos confortáveis aos altos funcionários quando estes se reformam.

Fukushima gerou um sentimento de desconfiança da população nipónica em relação às centrais nucleares, agravado nas últimas semanas. Segundo a imprensa, a Agência de Segurança Nuclear e Industrial terá pedido às companhias de electricidade para mobilizarem os seus funcionários para se pronunciarem a favor da energia nuclear em fóruns e conferências abertas ao público. A agência, cuja missão é regulamentar a energia nuclear e não fazer a sua promoção, já anunciou a abertura de um inquérito por uma comissão independente. O primeiro-ministro pretende retirar a agência da alçada daquele ministério para aumentar a sua independência e reforçar a sua eficácia.

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