Acordo apaziguou, ao menos por enquanto, ânimos na casa. PSDB, DEM e PPS prometem não obstruir votação de medidas provisórias
A
Câmara não votará nada nesta semana. Em meio à guerra entre governo e oposição
que ameaçava paralisar as atividades do plenário, uma reunião de líderes selou
um acordo: o Código Florestal, cuja votação imediata é uma bandeira dos
oposicionistas, entrará em pauta na manhã da terça-feira. Por outro lado, a
base aliada dará prosseguimento à votação de medidas provisórias cuja
tramitação a oposição prometia obstruir - entre elas, a que flexibiliza
exigências de licitações de obras para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas
de 2016.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), está em viagem oficial à Coreia do Sul e só volta no sábado. Como o site de VEJA havia informado, a ordem do governo foi para adiar a votação do Código Florestal. Isso irritou PSDB, DEM e PPS.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), está em viagem oficial à Coreia do Sul e só volta no sábado. Como o site de VEJA havia informado, a ordem do governo foi para adiar a votação do Código Florestal. Isso irritou PSDB, DEM e PPS.
Os
oposicionistas já se queixavam do adiamento da votação do código na semana
anterior, quando um erro de cálculo do líder do governo, Cândido Vaccarezza
(PT-SP), levou a base aliada a forçar pela suspensão do debate para evitar uma
possível derrota em plenário.
Com isso, a oposição ameaçava não votar outro item que não fosse o Código Florestal. A manobra governista que blindou o ministro Antonio Palocci nesta quarta-feira agravou a tensão. O governo, por sua vez, tinha interesse na votação de medidas provisórias e não poderia vencer os adversários pelo cansaço.
Com isso, a oposição ameaçava não votar outro item que não fosse o Código Florestal. A manobra governista que blindou o ministro Antonio Palocci nesta quarta-feira agravou a tensão. O governo, por sua vez, tinha interesse na votação de medidas provisórias e não poderia vencer os adversários pelo cansaço.
Um
acordo com o relator do Código Florestal, Aldo Rebelo (PC do B-SP), ajudou a
costurar a trégua. Ele se comprometeu a acatar alguns itens sugeridos pelos
ruralistas e pela oposição, o que tranqüilizou também a base aliada porque
diminuiu as chances de surpresas na votação da medida.
Uma
das alterações diz respeito à prerrogativa do Executivo de definir quais áreas
já degradadas pela atividade rural deverão ser reconstituídas. Até agora, a
proposta dava ao governo federal o direito de tratar do tema por decreto. Na
nova redação, os governos estaduais também poderão legislar sobre o assunto. E
sempre por lei, e não decreto.
Palocci - Apesar da derrota em plenário, o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), garante que a oposição não vai desistir da tentativa de convocar o ministro para que ele esclareça o astronômico crescimento patrimonial: "Nós vamos continuar sensibilizando os deputados de que nós temos que convocar o ministro", afirmou, no fim da tarde desta quarta.
Uma das alternativas é aproveitar qualquer cochilo da base aliada para colocar o requerimento em votação em uma comissão comandada pelos oposicionistas, como a de Agricultura, para aprovar a convocação.
Palocci - Apesar da derrota em plenário, o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), garante que a oposição não vai desistir da tentativa de convocar o ministro para que ele esclareça o astronômico crescimento patrimonial: "Nós vamos continuar sensibilizando os deputados de que nós temos que convocar o ministro", afirmou, no fim da tarde desta quarta.
Uma das alternativas é aproveitar qualquer cochilo da base aliada para colocar o requerimento em votação em uma comissão comandada pelos oposicionistas, como a de Agricultura, para aprovar a convocação.
Por Gabriel Castro
Nenhum comentário:
Postar um comentário