O primeiro selo de greenbuilding
foi estampado num empreendimento brasileiro há menos de quatro anos. De lá para
cá, outros 22 edifícios concluídos conquistaram os certificados LEED
(Leadership in Energy and Environmental Design) e AQUA (Alta Qualidade
Ambiental), além dos 21 que receberam a etiqueta do Procel Edifica. Há ainda o
novo Casa Azul, da Caixa Econômica Federal, com cerca de dez projetos em fase
de análise, e o inglês BREEAM (Building Research Establishment Environmental
Assessment Method), que flerta com um grupo de incorporadores brasileiros
A fila de candidatos à certificação no Brasil chega
a 270 projetos. "É pouco, já que somente no estado de São Paulo existem 80
mil condomínios residenciais. Mas esse movimento está mudando no mercado
imobiliário", avalia Luiz Henrique Ferreira, da consultoria Inovatech
Engenharia. Para ele, as certificações ajudam a promover a construção
sustentável, sobretudo quando a conquista do selo é resultado de um trabalho
bem-intencionado, e não um fim em si.
De todo modo, eles atestam as condições de obra e projeto que viabilizam o funcionamento ecoeficiente do edifício (a certificação de uso e operação é mais recente). "No início bastava ter um selo para se diferenciar. Agora que a oferta cresceu, já tem comprador olhando para o tipo de selo", diz Marcelo Takaoka, presidente do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS). Saiba como funcionam essas certificações.
De todo modo, eles atestam as condições de obra e projeto que viabilizam o funcionamento ecoeficiente do edifício (a certificação de uso e operação é mais recente). "No início bastava ter um selo para se diferenciar. Agora que a oferta cresceu, já tem comprador olhando para o tipo de selo", diz Marcelo Takaoka, presidente do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS). Saiba como funcionam essas certificações.
LEED - Leadership in
Energy and Environmental Design ou Liderança em Energia e Design Ambiental:
Desenvolvido pelo Conselho de Green Building dos Estados Unidos (USGBC), esta certificação aportou com força no Brasil no final de 2006, com a criação do Green Building Council Brasil, espécie de filial da entidade que trabalha na divulgação do certificado, bem como no treinamento de profissionais e na promoção e adaptação de leis e regras capazes de incentivar a construção sustentável no país. "O LEED é um instrumento de educação para todo o setor, em que todos saem ganhando", afirma Nelson Kawakami, diretor executivo do GBC Brasil.
Categorias:
Novas Construções; Fachadas e Áreas Comuns em Prédios Comerciais (Core and
Shell); Operação e Manutenção de Edifícios Existentes e Interiores Comerciais.
Critérios de
avaliação: o empreendimento precisa contabilizar
créditos nos checklists relacionados aos temas Localização, Uso racional de
água, Energia e Atmosfera, Qualidade ambiental interna e Materiais e Recursos,
que somam até 110 pontos. Há ainda um sexto item destinado à Inovação.
Níveis: dependendo da
pontuação atingida, o empreendimento é classificado como Certificado (49),
Silver (59), Gold (79) ou Platinum (acima de 80 pontos).
Como funciona: o
empreendedor registra o projeto no sistema de certificação do Green Building
Council Institute pelo site www.usgbc.org
e paga uma taxa de US$ 400. Depois, compõe uma equipe - que pode ou não contar
com uma consultoria de profissional LEED AP (acreditado pelo LEED) - para
acompanhar o processo e enviar relatórios à certificadora nas fases de projeto,
além de memoriais de cálculo, relatórios de obra e testes de comissionamento.
Ao término da obra, ocorre a avaliação final e o empreendimento recebe a
certificação de acordo com os créditos acumulados.
Custo:
cerca de R$ 1 por m2, com valor mínimo de R$ 5 mil para construções com até 5
mil m2 e máximo de R$ 50 mil para obras acima de 50 mil m2.
Giuliana Capello
Revista Arquitetura & Construção / Construção Sustentável
Revista Arquitetura & Construção / Construção Sustentável
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