Brasília
(18/05/2011) – Fiscais do Ibama apreenderam, somente no Mato Grosso, 40 dos 56
tratores de esteira e grande porte recolhidos na Amazônia que estavam sendo
usados em desmatamento ilegal de novas frentes. Neste ano, o Ibama iniciou as
operação na Amazônia já em janeiro, ainda no período de chuvas. Além dos
tratores, o instituto apreendeu 46 mil metros cúbicos de madeira e 76 caminhões
e embargou 27 serrarias e 37,3 mil hectares de áreas. O número de operações
mais que dobrou de janeiro a maio e as multas chegaram a R$ 275 milhões.
Para
derrubar a floresta, os infratores estão recorrendo ao correntão, com vários
metros de extensão e de até 45 centímetros de diâmetro do elo, preso a dois
tratores. Segundo relatos, quando o correntão passa por uma área toda a
vegetação vai ao chão rapidamente de uma vez e o barulho dos galhos e troncos
quebrados dá a impressão de que a mata está chorando.
Depois,
o desmatador ateia fogo na área para, na sequência, iniciar a produção de grãos
ou criação de gado. Em Itaúba, no norte do Mato Grosso, os fiscais do Ibama
identificaram desmatamento de 1.126 hectares onde a floresta foi queimada.
Próximo a este local, apreenderam 389 toras de diversas espécies, que estavam em
várias esplanadas ao longo dos ramais abertos na floresta para a retirada da
madeira ilegal.
Tão
logo identificou a tendência de aumento do desmatamento, por meio das imagens
de satélite, o Ibama intensificou significativamente a presença nas áreas mais
críticas. Mais de 550 agentes de todo o país convergiram para as áreas em que
os satélites detectaram o aumento do desmatamento ilegal. Houve reforço também
de veículos, helicópteros e aviões de monitoramento do Ibama e do Instituto
Chico Mendes.
O
Ibama sufocará o desmatamento ilegal através do embargo de todas as áreas
desmatadas e os exporá na lista de áreas embargadas, o que impedirá a
comercialização de gado ou grãos produzidos sobre as áreas desmatadas sem
autorização. Aquele que comprar produtos oriundos dessas áreas também será
responsabilizado pelo crime ambiental. “Não adianta desmatar, o satélite
detectará o ilícito e toda a soja e boi serão fatalmente apreendidos”, avisou o
presidente do Ibama, Curt Trennepohl.
Fonte: http://www.ibama.gov.br/archives/15631
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