A ocorrência
de duas secas (2005 e 2010) e uma enchente (2009) nos últimos cinco anos na
Amazônia é motivo de preocupação mundial, segundo relatório divulgado nesta
terça-feira pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Met
Office, órgão de meteorologia do governo britânico. No documento "Riscos
das Mudanças Climáticas do Brasil", seus pesquisadores analisam projeções
para as próximas décadas na maior floresta tropical do mundo.
O
relatório destaca a possibilidade de que, até 2040, seja iniciado um processo
de savanização no leste da Amazônia, área de fronteira agrícola. Esta seca da
floresta avançaria aos poucos para a frente ocidental do bioma.
A falta
de chuvas da Amazônia poderia prejudicar também outros biomas, como o Pantanal
e a Caatinga - embora a pluviosidade destas regiões também se deva a frentes
frias, entre outros fatores. A ligação entre locais, porém, ainda precisa ser
definida por novos estudos.
O aumento
da temperatura global acarretará em menos chuvas na Amazônia. Resta, porém,
saber qual será a dimensão do impacto. Se a temperatura do mundo aumentar 1,8º
C até 2080, a precipitação pluviométrica do bioma diminuirá apenas 11%. Se, no
entanto, o mundo ficar 6,2º C mais quente, a Amazônia perderá 41% de suas
chuvas.
Os eventos
extremos - grandes tempestades e estiagens - também ficarão mais comuns. Uma
seca como a de 2005 ocorre, em média, apenas uma vez a cada duas décadas. Em
2025, porém, este fenômeno pode se repetir uma vez a cada dois anos.
O impacto
econômico destes eventos também precisa ser melhor pesquisado. O transporte de
grãos, por exemplo, é um dos primeiros a ser prejudicado. Mas há uma série de
efeitos indiretos, como a maior vulnerabilidade da vegetação e registros mais
numerosos de doenças respiratórias, em decorrência do ar seco.
Fonte:
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/05/10/mudancas-climaticas-podem-reduzir-chuvas-na-amazonia-em-ate-41-em-2080-924428886.asp#ixzz1MLUJwmwv
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