Os desastres naturais ocorridos no mundo em 2010 levaram 42 milhões de pessoas a deixarem suas casas
Os desastres naturais ocorridos no mundo em 2010 levaram 42 milhões
de pessoas a deixarem suas casas. Segundo estudo do Centro
Internacional de Monitoramento do Deslocamento, este número é mais que o
dobro em relação ao ano passado.
Enquanto em 2009 foram registrados 17 milhões de deslocamentos, no
último ano os números subiram para 42 milhões. Os desastres das
inundações na China e no Paquistão e os terremotos no Chile e Haiti
foram os principais motivos para este aumento. Para os especialistas, a
comunidade internacional deveria agir mais em função das alterações
climáticas, tentando inclusive conter tais mudanças.
Dos desastres naturais, os riscos relacionados ao clima são a causa
de mais de 90% dos deslocamentos, como inundações e tempestades. Para a
secretária geral do Conselho Norueguês para os Refugiados, Elisabeth
Rasmusson, a tendência é que o número de deslocamentos aumente à medida
que tais mudanças no clima ocorrem.
"A intensidade e a frequência de eventos climáticos extremos está
aumentando, e essa tendência deve continuar. Com toda a probabilidade, o
número dos afetados e deslocados vai aumentar e as mudanças climáticas
induzidas pelo homem vão estar em pleno vigor", disse a secretária.
Os dados são preocupantes, só em 2010 os números já superavam a
população de países como Argentina. O estudo mostrou que a região mais
castigada em 2009 foi a Ásia. Enquanto que na China e no Paquistão as
enchentes levaram respectivamente 15 e 11 milhões de pessoas a
abandonarem suas casas.
O Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Antonio Guterres,
critica os governos pelo que ele considera uma falta de vontade política
em agir para que as mudanças climáticas sejam diminuídas.
"Há cada vez mais evidências que sugerem que as catástrofes naturais
estão aumentando em frequência e intensidade e que isso está ligado ao
processo de longo prazo das mudanças climáticas'', afirmou Guterres.
O relatório de alerta foi apresentado pelo Centro de Monitoramento
com o Conselho de Refugiados em uma conferência internacional sobre
mudanças climáticas e deslocamento, em Oslo, na Noruega.
Com informações do Estadão.
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