Projeção aponta crescimento de 23% na produção de alimentos, o que excluiria a necessidade de aumento das áreas agricultáveis, como defendem os ruralistas
Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento preveem um crescimento de 23% na produção de alimentos (grãos) entre a safra 2010/11 e 2020/21 e um aumento de 9,5% da área plantada
Os números apresentados hoje (14) pelo governo mostram que o
crescimento da produção agrícola não depende do aumento das áreas
agricultáveis – diferentemente do que defendiam os ruralistas com o
argumento de que seria necessário modificar o Código Florestal para
expandir a produção de alimentos.
Segundo o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, “não é preciso
derrubar nenhuma árvore” para produzir mais grãos ou aumentar áreas de
pastagem para pecuária de corte. O ministério contabiliza a existência
de 120 milhões de hectares “já antropizados” (desmatados) que podem ser
recuperados para atividade agrícola ou para o meio ambiente.
De acordo com Rossi, a principal demanda pela mudança do Código
Florestal é de “segurança jurídica”, ou seja, em relação à cobrança de
multas a quem desmatou irregularmente, prevista em lei, mas considerada
inviável pelos produtores rurais que buscam anistia.
Segundo o ministro, o resultado da votação do novo Código Florestal na
Câmara dos Deputados “acabou igualando quem fez tudo legalmente e quem
fez de forma ilegal”, o que desagradou a presidenta Dilma Rousseff.
Segundo ele, a presidenta vai anunciar juntamente com o lançamento do
Plano Safra 2011/2012, marcado para a próxima sexta-feira (17), em
Ribeirão Preto (SP), a recuperação de pastagem para pecuária de corte e a
recuperação de canaviais.
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