Translate to :

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
By Ferramentas Blog

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ônibus a etanol: Projeto é caro, mas valor não deve ser repassado para usuário/SP




Na última semana, a primeira frota de ônibus movido a etanol chegou a São Paulo. O projeto da prefeitura inicia com 50 veículos e tem como objetivo reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A meta é chegar a 2018 com toda a frota de transporte público movida a combustíveis renováveis. Durante o anúncio, feito no Anhembi, o prefeito Gilberto Kassab não revelou quanto será necessário investir para implementar o programa. Entretanto, o ônibus movido a etanol custa aproximadamente R$ 400.000 - R$ 100.000 a mais do que o movido a diesel. Além disso, o consumo também é maior: um quilômetro por litro.

 Apesar dos gastos, os valores não devem ser repassados aos consumidor. Para o professor do Instituto de Boiciências da USP, Marcos Buckeridge, a proposta é vista com otimismo e se houver planejamento o preço não precisa chegar ao usuário. Entretanto, outras coisas também precisam ser consideradas. "O motor a gasolina e diesel duram mais do que a álcool, portanto teremos que trocar a frota com mais frequência. Assim, será necessário que o preço desse ônibus seja reduzido. Precisaremos acompanhar e fazer testes para ver quanto dura e quanta gasta de fato. Se a prefeitura tiver coletando dados continuamente para uma comparação científica, no intuito de apontar os defeitos para resolver, será um negócio importante do ponto de vista econômico".

Além da economia, os resultados para o meio ambiente e saúde pública também são otimistas. O uso desses veículos representará a São Paulo redução de até 90% na quantidade de carbono emitida pelos atuais ônibus movidos a diesel. "Significa que teremos menos gastos com a saúde, principalmente do ponto de vista de problemas respiratórios. Mesmo que a passagem aumente, seria um aumento válido. Precisamos ter mais complexidade para entender as coisas. Se a sociedade como um todo abaixar os gastos com hospitais, os impostos diminuirão, e teremos menos poluição e mais saúde", explica Buckeridge. 

 De acordo com os dados levantados pela Organização Mundial da Saúde, somente na cidade de São Paulo, 4 mil pessoas morrem a mais por ano vítimas da poluição do ar. Em todo o mundo são 2 milhões de mortes. Segundo Paulo Saldiva, médico do laboratório de poluição da USP, essa poluição promove envelhecimento precoce do pulmão, bronquite, enfisema, câncer de pulmão e mortalidade cardiovascular. "Os bebês vão ter peso menor quando são gestados em ambientes de maior poluição. O risco de aborto é maior. Então, a partícula reproduz em pequena escala o que o cigarro faz em grande escala”, afirma.

 Em São Paulo são mais de sete milhões de carros, motos, ônibus e caminhões que jogam no ar 80% dos poluentes que se acaba respirando. Além do projeto dos ônibus, outra solução para minimizar os impactos da poluição seria a extensão do sistema de metrô.

  Com informações do G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário