Em relação a maio de 2010, quando os satélites apontaram 109,58
km² de desmatamento, houve aumento de 144% no ritmo da derrubada da
floresta. l Foto: Greenpeace
No mês de maio, 268 quilômetros quadrados da Amazônia foram
desmatados. O número representa o dobro em relação ao mesmo período do
ano passado. Entre os estados que mais desmataram o Mato Grosso lidera a
estatística, em seguida Rondônia e Pará.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) tem um sistema de
alerta chamado Deter, criado em 2004 para dar suporte à fiscalização e
controle de desmatamento, que detecta o desmatamento em tempo real.
Quase todos os dias o Ibama recebe os resultados dos dados que
posteriormente serão detalhados em relatórios mensais ou bimestrais.
Foi através deste sistema que o Inpe identificou a alta degradação
nestes estados e divulgou os dados na última quinta-feira (30), alguns
sofreram corte raso e outros degradação progressiva. O relatório
completo de avaliação amostral do Deter é público e pode ser consultado
pelo site do Inpe.
Em 2010, o Inpe anunciou desmate de 109,6 km². Neste ano, só no Mato
Grosso, principal produtor de soja e algodão do Brasil, o desmate foi
de quase 94 quilômetros quadrados, por isso lidera a estatística. Em
Rondônia o desmate foi de 67,9 Km² em terceiro lugar ficou o Pará por
65,5 km².
Devido a cobertura de nuvens nem todos os desmatamentos podem ser
identificados pelas imagens do Deter, que capta tudo através do sensor
Modis do satélite Terra.
Por esta limitação, algumas nuvens podem encobrir uma área fazendo
com que por vezes os dados do Deter não sejam tão precisos e atuais, uma
vez que é possível o sistema incluir áreas cortadas em períodos
anteriores ao do mês de mapeamento. Por isso, o Deter deixa claro que o
desmatamento é um processo e não um evento, ou seja, seus dados podem
conter áreas que estejam em processo de desmatamento progressivo.
Em função de tais variações o Inpe recomenda que não se compare dados
de um para o outro. O Inpe utiliza o Prodes para calcular a taxa anual
do desmatamento na Amazônia. O projeto Prodes, financiado pelo
Ministério de Ciência e Tecnologia, tem a colaboração do Ministério do
Meio Ambiente e do Ibama. Este sistema conta com imagens de melhor
resolução que facilitam a vistoria de pequenos desmatamentos.
Mesmo com o aumento, o desmatamento na Amazônia caiu 44% em maio se
comparado ao mês de abril. Os números mostram que houve redução de mais
de 200 km². Em março foi anunciado o aumento do desmate, desde então o
Ibama, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de
Segurança e o Exército se uniram na fiscalização e no combate ao
desmatamento ilegal.
Com informações do Inpe.
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