A Comissão de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável, na Câmara Federal, vai realizar um debate
sobre a construção do depósito nacional de dejetos nucleares na cidade
de Abadia de Goiás (GO), para receber o lixo radioativo de Angra 1 e 2.
Ainda não há data definida para o debate.
A cidade já abriga seis mil toneladas de
dejetos contaminados com Césio 137 (elemento químico utilizado em
aparelhos de raio-X) em dois depósitos definitivos. Caso o município
receba os materiais radioativos das usinas, será necessária a instalação
de um terceiro depósito.
“A descontaminação do local [atingido
pelo Césio] causou danos irreparáveis aos moradores, que além de terem
sido contaminados, viram suas casas, roupas, brinquedos e utensílios
domésticos virarem toneladas de lixo atômico. Até a terra dos terrenos,
onde se localizavam as residências, foi removida e transformada em
lixo”, lembrou o deputado Jorge Pinheiro (PRB-GO), que sugeriu a
audiência.
O parlamentar ressaltou que o Plano
Nacional de Energia Nuclear prevê ampliar a geração desse tipo de
energia, enquanto o resto do mundo investe mais em energia limpa e
renovável.
Devem ser convidados para o debate, ainda
sem data definida: o procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito
Torres Neto; o promotor de Justiça de Goiás Jales Mendonça; o prefeito
de Abadia de Goiás, Valdeci Mendonça; o coordenador do Centro Regional
de Ciências Nucleares do Centro- Oeste, Leonardo Lage; a presidente do
Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (Conter), Valdelice Teodoro;
o presidente da Associação das Vítimas do Césio 137, Odessom Ferreira; e
um representante do Ministério de Minas e Energia. Com informações da Agência Câmara.
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