A construção verde aos poucos chega às habitações mais simples. Os
condomínios da Companhia de Desenvolvimento Urbano e Social, mais
conhecido pela sigla CDHU, já reúnem várias das tecnologias
sustentáveis. Tanto que uma delas chamou atenção da ONU.
As construções verdes começaram a aparecer nas residências populares do
CDHU, em 2007. Dentre tantos, o conjunto habitacional Rubens Lara, em
Cubatão, chamou a atenção das Nações Unidas. O projeto foi reconhecido
pelo programa Sushi (Iniciativa de Habitação Social Sustentável),
integrante do Programa das Nações Unidas para o meio ambiente.
O conjunto em Cubatão foi destacado como um ótimo exemplo de práticas
alternativas, e por isso acreditam que o projeto deve ser replicado em
outros países. Outro “conjunto exemplo” do CDHU foi construído em Santo
André.
Algumas medidas sustentáveis utilizadas nos prédios são: piso drenante,
que retém água na parte externa dos conjuntos e medição individualizada
do consumo de água.
O secretário estadual de Habitação, Silvio Torres, atribui o aumento de
tecnologias verdes nas construções de moradias populares a um programa
“mais abrangente” de remoção da população de áreas de risco. Segundo
Torres, já são 350 mil habitações do CDHU, dentre as quais, 200 mil têm
potencial para adotar as tecnologias sustentáveis.
Torres afirma que as tecnologias limpas são mais caras, por isso é
ainda um grande desafio.
Entretanto, ele lembra que investir nelas é uma
economia que pode ser percebida em longo prazo. O arquiteto responsável
pelo conjunto de Cubatão, Marcelo Prado, reitera que o gasto de 10% a
mais em uma construção verde, na verdade, “não é custo, é investimento”.
Na construção do CDHU, feito para abrigar famílias retiradas das
encostas da Serra do Mar, as janelas dos prédios são mais amplas, o que
permite maior iluminação natural e ventilação dos imóveis e a água é
aquecida por energia solar. Estas são apenas duas das diversas medidas
sustentáveis utilizadas nestes condomínios.
O assessor de sustentabilidade da Secretaria de Habitação, Gil Scatena,
destaca que a preocupação com a acessibilidade foi outro ponto que
chamou a atenção da ONU. Todas as portas, janelas e interruptores foram
feitos levando em consideração os portadores de deficiência.
Com informações do Estadão.
Redação CicloVivo
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