O designer polonês Hugon Kowalski criou um projeto de torre de água, em
comemoração aos 50 anos da Organização das Nações Unidas, que adotou
uma resolução de independência, liberdade e soberania para todas as
nações africanas. A torre conceito foi apresentada na competição de
arranha-céus da revista Evolo.
A disponibilidade de água doce no Sudão, uma área onde apenas 2% da
terra é arável, é uma das questões mais importantes para toda a
população. Em 2007, cientistas da Universidade de Boston descobriram um
lago subterrâneo que poderia resolver os problemas de água de todos.
O lago subterrâneo, encontrado em Darfur, tem uma área de 31mil metros
quadrados (décimo maior lago superficial no mundo). "Por uma questão de
fato as pessoas não sabem que a guerra em Darfur foi resultados da falta
de estabilidade provocada pela falta de água potável." “Há água
suficiente nos aquíferos para trazer a paz para Darfur e mais - o
suficiente para reconstruir a economia da região. Atualmente temos
realizados estudos geológicos e pesquisas arqueológicas, a fim de
estabelecer se o local nos permite retirar água”, disse o cientista e
pesquisador da Universidade de Boston, Farouk El-Baz à BBC News, em
2007.
A proposta do projeto de Kowalski é permitir o acesso às águas
subterrâneas através de uma bomba. A forma do edifício foi inspirada em
torres de água e também na árvore baobá, um símbolo do cerrado
Africano.
A construção tem a intenção de provocar o desenvolvimento econômico,
mas também estimular o intercâmbio cultural e a coexistência de
diferentes religiões e línguas.
Cada uma das três torres simbolizará uma religião na cultura: o islã, o cristianismo e o animismo.
Dentro de cada uma delas teriam bombas e estações de tratamento de
água, um hospital com uma unidade de vacinação, uma escola, um clube
para jovens e adultos, armazenamento de alimentos e escritórios
internacionais de organizações de caridade.
Cada edifício teria tanto uma parte acima do solo quanto uma base
subterrânea. No centro, um reservatório de água. A partir daí, um
sistema de tubos alimentam aos quartos acima do solo e as aldeias
adjacentes. O fluxo da água seria constante, ajudando a manter a
temperatura entre 6 ºC e 11 ºC.
Existem dois processos de circulação de água. A primeira parte de água
extraída destina-se a aquecer ou arrefecer o edifício e é acessível para
os usuários. A segunda é utilizada na construção em si (ou seja,
cozinha, banheiros).
A escola com biblioteca ocupa dez andares de uma torre, enquanto 30
salas de aula acomodam até mil alunos. Abaixo de cada torre existe um
banco de alimentos e uma estação de trem com passageiro e uma plataforma
de carga, com elevadores de carga especialmente concebidos para o
transporte de carros inteiros a partir da plataforma para qualquer nível
da torre.
A internet é executada em todos os edifícios. A construção de cada uma
das torres é colunar e em feixes para facilitar a montagem. Os materiais
de construção são de criação e implementação local, contado com painéis
solares e de aquecimento, aplicados para geração de energia.
As paredes são construídas usando tijolos secos empilhados comprimidos,
feitos localmente, usando uma mistura de cimento, terra e água. Os
tijolos seriam “assados” no sol, assim, não requer energia extra e
limita o impacto ambiental dos materiais. A escolha de usar este sistema
representa o desejo de introduzir tecnologias alternativas e
sustentáveis dentro de um contexto que está ligado à prática de
construção padronizada embora nem sempre ideal.
Redação CicloVivo
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