Modelo com leveduras simula situações de estresse ambiental para avaliar se a velocidade das evoluções será capaz de 'vencer' as rápidas transformações
Colônias de levedura são formadas rapidamente, facilitando a observação de cientistas sobre os efeitos do ambiente sobre organismos vivos ao longo de gerações.
Uma das grandes questões levantadas com o rápido progresso do
aquecimento global e e aumento da poluição é como a vida poderia se
adaptar ao novo cenário. Embora a seleção natural – a prevalência de
características favoráveis (hereditárias ou adquiridas) - garanta a
sobrevivência das espécies ao longo das gerações, mudanças bruscas no
meio ambiente poderiam tornar grande parcela dos organismos inaptos à
vida, porque a evolução é um processo lento. Entretanto, uma pesquisa
realizada pela Universidade McGill, no Canadá, mostra que talvez as
espécies possam se adaptar com mais velocidade do que se supunha.
Pesquisadores avaliaram o destino de mais de 2 mil populações de
levedura (fungos) que foram submetidas a graus variados de estresse
(induzidos pela mudança na salinidade do ambiente controlada por um
robô) durante vários meses. Em função do aprofundado conhecimento que se
tem a respeito das características genéticas das leveduras e porque
elas podem se reproduzir em questão de horas, o modelo é capaz de
mostrar rapidamente as mudanças que podem ocorrer ao longo de gerações.
A equipe observou que a capacidade de adaptação evolutiva depende da
severidade da transformação no ambiente e do isolamento de uma população
em relação à outra. Mas, de forma geral, a evolução pode ocorrer
rapidamente ao longo de cinquenta a cem gerações.
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/especies-podem-se-adaptar-rapidamente-a-mudancas-bruscas-no-ambiente
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