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By Ferramentas Blog

domingo, 4 de setembro de 2011

Baleias se acorrentam em petroleira

Saga das baleias pela proteção de Abrolhos continua: ativistas estão dentro da sede da OGX, empresa de Eike Batista, há horas, exigindo fim da exploração de petróleo na região.
 


 Ativistas vestidos de baleias aguardam acorrentados na entrada do prédio da OGX por uma resposta de Eike Batista. Greenpeace Alexandre Cappi

Na sequência da cruzada contra a exploração de petróleo em Abrolhos, hoje foi a vez da OGX, uma das tantas empresas do bilionário Eike Batista, a receber a visita das baleias do Greenpeace. Em protesto, elas exigiram que a petroleira abandone suas atividades na região e livre o santuário ecológico, e maior banco de corais do Brasil, dos perigos da atividade petrolífera.

As baleias chegaram à sede da empresa, no centro do Rio, por volta das 10h vestindo coleiras com o nome de Eike. Nem assim o empresário atendeu aos pedidos dos ativistas. Ao contrário, a recepção foi truculenta. Sete carros da Polícia Militar chegaram para tentar desocupar o edifício. A tropa de choque também foi chamada e bloqueou as duas entradas. Representantes da imprensa foram impedidos de entrar. Um plástico preto cobriu os vidros do saguão para impedir que imagens fossem tomadas dentro do recinto.


Após três horas de resistência, a empresa decidiu se manifestar. Em nota assinada por Paulo Mendonça, diretor geral da OGX, a empresa alega que suas operações respeitam a legislação ambiental vigente e as regulamentações da ANP (Agência Nacional de Petróleo). Resposta vaga, já que não poderia ser diferente. O Greenpeace pede que a OGX abandone suas operações na área para evitar que qualquer vazamento destrua a maior biodiversidade do Atlântico Sul.

Insatisfeitos com a carta da empresa, os ativistas resistem, sem previsão de deixar o local até que a empresa ofereça uma resposta contundente.

A OGX foi uma das dez empresas que receberam cartas do Greenpeace explicando a necessidade de estabelecer uma moratória da exploração de óleo e gás em Abrolhos. O descaso de Eike Batista com a região, considerada a maior biodiversidade do Atlântico Sul, contrasta com a imagem de sustentabilidade que a empresa tenta passar ao público.

“As empresas de Eike Batista apoiam 400 mil hectares de Unidades de Conservação Ambiental em todo o Brasil”, afirma Leandra Gonçalves, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace. “Poderia, então, aderir a mais esta causa e proteger Abrolhos também.”

A OGX é a segunda empresa a receber o Greenpeace em sua porta. Ontem, a franco-britânica Perenco, sócia de Eike Batista em sua garimpagem de petróleo no mar de Abrolhos, foi surpreendida por um confronto entre “baleias” e “petroleiros” na entrada de sua sede, no Rio. As baleias tentaram falar com representantes da Perenco, mas os petroleiros as impediram com jatos de óleo.

O petróleo de Abrolhos

O Greenpeace pede o estabelecimento de uma moratória da exploração de gás e petróleo por 20 anos em uma zona de 93 mil quilômetros quadrados na região de Abrolhos. Segundo recentes estudos científicos, esta área é o limite mínimo para evitar que acidentes de qualquer tipo contaminem a biodiversidade da região.

A área de moratória afeta treze blocos de exploração de petróleo atualmente concedidas a dez empresas nacionais e estrangeiras: Perenco, Petrobras, Shell, Vale, OGX, Cowan, Sonangol, Vipetro, HRT e Repsol.

A proposta é uma tentativa de barrar o avanço da exploração petrolífera no entorno de Abrolhos. Ano passado, o governo derrubou uma liminar do Ministério Público Federal, de 2003, que impedia a ANP (Agência Nacional de Petróleo) de licitar blocos num raio de 50 km do Parque Nacional.

Lar de mais de 1.300 espécies de aves, tartarugas, peixes e mamíferos marinhos — dentre as quais, 45 em risco de extinção — Abrolhos é a região de maior biodiversidade da região sul do Atlântico. Seus recifes de corais, os maiores e mais exuberantes do Brasil, e seus extensos manguezais contribuem para fazer desta a zona mais importante de pesca no Estado da Bahia.



Baleias nadam em óleo na porta de petroleira

Fantasiados de baleias, ativistas do Greenpeace ocuparam entrada da sede da petroleira Perenco, no Rio de Janeiro, pelo fim da exploração de gás e óleo em Abrolhos. 


Baleias no saguão do prédio onde fica a petroleira Perenco pedem fim da exploração de petróleo em Abrolhos. Foto: Greenpeace / Marizilda Cruppe

Na ausência de resposta da multinacional franco-britânica Perenco, cobrada pelo Greenpeace a aderir a uma moratória de exploração de petróleo na região de Abrolhos, mais importante bancos de corais do Atlântico Sul, baleias foram pessoalmente ao edifício que sedia os escritórios da empresa, no Rio de Janeiro, para relembrá-los da proposta.

As baleias, na verdade ativistas do Greenpeace fantasiados foram recebidas por outros membros da organização, estes vestidos de empregados da Perenco, sob jatos de um líquido preto, não tóxico, que imitava petróleo. A manifestação tomou ares de teatro, em um embate entre os animais, representantes da rica biodiversidade de Abrolhos, e as petroleiras. Instigada a se pronunciar sobre o protesto, a Perenco manteve-se em silêncio.


As baleias são protagonistas de uma campanha lançada pelo Greenpeace para chamar a atenção para os perigos que a atividade petrolífera representa para a flora e a fauna marinha de Abrolhos. A baleia jubarte, mamífero ameaçado de extinção, é uma das espécies que podem ser gravemente afetadas em caso de acidentes ou vazamentos de óleo.

Assista ao vídeo:
“Dado o histórico de acidentes com exploração de petróleo em alto-mar no mundo, está claro que não existe segurança total. A Perenco sabe disto, mas se omite diante da responsabilidade de abrir mão de suas atividades em uma região de alta prioridade para a biodiversidade brasileira”, diz Leandra Gonçalves, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace.

Quem é a Perenco?

Famosa por extrair petróleo em lugares de difícil acesso, como áreas de mata nativa e de reservas indígenas da Amazônia peruana, a multinacional franco-britânica Perenco é ainda uma desconhecida no Brasil.

Fundada em 1975 como empresa de serviços logísticos para o setor de petróleo, a Perenco logo se especializou em perfuração. Seus primeiros campos foram comprados em 1986, nos EUA, e em 1992, no Gabão. Atualmente, a empresa produz 275.000 barris de petróleo por dia nos 16 países em que atua.

No Brasil, a Perenco atualmente é proprietária de cinco blocos de exploração de petróleo em águas profundas. Destes, dois estão localizados dentro da área de moratória de Abrolhos.

O petróleo de Abrolhos

A proposta do Greenpeace é o estabelecimento de uma moratória da exploração de gás e petróleo por 20 anos em uma zona de 93 mil quilômetros quadrados na região de Abrolhos. Segundo recentes estudos científicos, esta área é o limite mínimo para evitar que acidentes de qualquer tipo contaminem a biodiversidade da região.

A área de moratória afeta treze blocos de exploração de petróleo atualmente concedidas a dez empresas nacionais e estrangeiras: Perenco, Petrobras, Shell, Vale, OGX, Cowan, Sonangol, Vipetro, HRT e Repsol.

A proposta é uma tentativa de barrar o avanço da exploração petrolífera no entorno de Abrolhos. Ano passado, o governo derrubou uma liminar do Ministério Público Federal, de 2003, que impedia a ANP (Agência Nacional de Petróleo) de licitar blocos num raio de 50 km do Parque Nacional.

Lar de mais de 1.300 espécies de aves, tartarugas, peixes e mamíferos marinhos — dentre as quais, 45 em risco de extinção — Abrolhos é a região de maior biodiversidade da região sul do Atlântico. Seus recifes de corais, os maiores e mais exuberantes do Brasil, e seus extensos manguezais contribuem para fazer desta a zona mais importante de pesca no Estado da Bahia.

Saiba mais sobre a campanha:

Veja o site da campanha e assine a petição: www.greenpeace.org.br/abrolhos
Petição online: www.deixeasbaleiasnamorarem.com.br





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